quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Resultado positivo na IV CNIJMA

IV Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA) resulta em experiências positivas para a delegação do DF
 
Termina nessa quinta-feira (28) a IV Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA) que está ocorrendo desde o dia 23 de novembro, em Luziânia (GO). As atividades se encerraram ontem (27) e contou com a participação de escolas públicas do DF, sendo 18 delegados, 2 professores, 3 representantes da Comissão Organizadora Distrital (COD) e 4 membros do coletivo jovem.

Participaram do encontro alunos, delegados, professores, jovens, oficineiros e acompanhantes, representando a comunidade escolar de todo o território nacional. O objetivo foi refletir e dialogar sobre o tema “Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis”, com o desafio de elaborar coletivamente projetos de intervenção pela transformação das escolas em Espaços Educadores Sustentáveis.

A 4ª edição é o resultado de uma longa caminhada que começou com as conferências nas escolas, culminando no encontro das delegações estaduais de todo o país. Reunidas, as delegações conversaram, compartilharam ideias e experiências, construíram conhecimentos a fim de continuar ecoando na  
escola, na comunidade e em toda sociedade, aproveitando o ambiente de diálogo e mobilização propiciado pelas Conferências Nacionais de Educação e de Meio Ambiente.

Na última terça-feira (26), os delegados de todo o país foram recebidos no Palácio do Planalto pela Presidenta Dilma Rousseff. O aluno João Paulo da Silva Rodrigues (14 anos) do Centro de Ensino Fundamenta 03 de Brazlândia, juntamente com a delegada do Pará, Sâmela Rowany de Aviz, leram a carta para a Presidenta em nome de todas as delegações do país.

Na programação noturna, a delegação do DF foi aplaudida na apresentação “Cultural dos Brasis”. A garotada vibrou muito com a música Eduardo e Mônica, de Renato Russo.
Nesta quinta-feira a delegação retorna para Brasília, repleta de experiências positivas.
Fonte: http://www.se.df.gov.br/?p=15817
Terça, 26 Novembro 2013 18:07 Última modificação em Terça, 26 Novembro 2013 18:17|

Presidenta recebe carta de jovens com preocupações ambientais Destaque

Martim Garcia/MMA Izabella, Dilma e a Juventude: por um país melhor
                       Izabella, Dilma e a Juventude: por um país melhor
 
Participantes da IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente são recebidos no Planalto

TINNA OLIVEIRA

A presidenta Dilma Rousseff, recebeu, nesta terça-feira (26/11), no Palácio do Planalto, os participantes da IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (IV CNIJMA). Na ocasião, foi entregue carta com 108 projetos sustentáveis para tornar as escolas mais saudáveis sob o ponto de vista ambiental. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, também participou do encontro.

A carta foi lida pelos jovens delegados João Paulo e Sâmela declarando que “jovem educa jovem e uma geração aprende com a outra”. A presidenta afirmou que nunca viu uma conferência tão forte como esta. Foram mobilizadas quase 18 mil escolas de 3 mil municípios, envolvendo 9 milhões de pessoas.

“Queremos construir um Brasil que respeite o meio ambiente", enfatizou Dilma Rousseff. Ela destacou que a preocupação de preservar o meio ambiente tem que ser de todos: do governo e de cada brasileiro. “A carta traz sugestões de práticas que todos podem adotar”, destacou a presidente. Projetos de dessalinização, hortas nas escolas, coleta seletiva de lixo, plantio de árvores, proteção das nascentes próximas às escolas, prevenção de desastres, são algumas ações que podem ser realizadas.

A delegada Carla Gabriele, de Boa Vista (RR), serve de exemplo aos seus 14 anos. Ela ficou responsável pelo tema “Vamos cuidar do solo” e sugeriu a criação de uma horta ecológica na sua escola, o que acontecerá ano que vem. A jovem também diz que a escola trocou a fritura da merenda escolar por lanches assados.

DIVERSIDADE

Dilma Rousseff também afirmou que o desenvolvimento de um país passa pelo respeito às pessoas, destacando as populações tradicionais. A IV CNIJMA tem entre seus 673 delegados eleitos nos Estados, de 11 a 14 anos, 81 estudantes que representam a diversidade (indígenas, quilombolas e de assentamentos).

A CNIJMA termina nesta quarta-feira (27/11), em Luziânia (GO). Promovida pelos ministérios da Educação e do Meio Ambiente, tem como proposta fortalecer a educação ambiental nas comunidades escolares e nos sistemas de ensino com a participação ativa das escolas na construção de políticas públicas. Essa quarta edição superou os números alcançados nas edições anteriores.

O tema da Conferência deste ano é “Vamos cuidar do Brasil com escolas sustentáveis”. Foram escolhidos projetos, durante as etapas nas escolas e nas estaduais, que trabalhassem os quatro subtemas: terra, água, fogo e ar. Além dos estudantes eleitos, também participam do evento coordenadores dos Estados, professores e técnicos dos ministérios do Meio Ambiente e da Educação. A etapa nacional também conta com a participação de jovens entre 18 e 29 anos, representantes de Coletivos Jovens de Meio Ambiente (CJs), que atuam como facilitadores.

Fonte: http://www.mma.gov.br/informma/item/9822-presidenta-recebe-carta-de-jovens-com-preocupações-ambientais





quinta-feira, 7 de novembro de 2013

IV CNIJMA chega à etapa distrital e sinaliza bons resultados

A reunião foi marcada para eleição de projetos, delegados e professores que representarão a SEDF na etapa nacional, que será no final de novembro, em Luziânia – GO
 

A Secretaria de Educação do Distrito Federal realizou na manhã desta quinta-feira (7), a abertura oficial da etapa distrital da IV Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (IV CNIJMA), cujo tema é “Vamos cuidar do Brasil com escolas sustentáveis”. Durante dois dias, alunos eleitos para a função de delegados escolares, juntamente com um professor orientador, de cada uma das 38 escolas da rede pública de ensino, distribuídas em 12 Coordenações Regionais de Ensino, que inscreveram previamente, projetos relativos à educação ambiental, junto ao Ministério da Educação (MEC), estarão em plena preparação para a etapa nacional. O evento de abertura foi no auditório da Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (EAPE), da SEDF.
Na etapa distrital serão eleitos 18 delegados, 3 projetos e 3 professores para representação da SEDF na etapa nacional, prevista para o final de novembro do corrente ano, em Luziânia – GO. Os participantes terão as despesas custeadas pelo MEC.
 
Para o assessor da Subsecretaria de Educação Básica da SEDF, Henrique Torres, o caminho percorrido até esta etapa foi bastante longo, mas totalmente possível, pela “força e empenho do Coletivo Jovem do DF”. Torres explicou que a participação efetiva dos estudantes, em cada uma das escolas é que trará o tão almejado objetivo, de “fazer nascer as escolas sustentáveis”. O professor Henrique agradeceu a participação dos professores e afirmou que foram eles que tornaram o sonho possível. “São os sonhos, de nós professores, que movimentam os sonhos de nossos alunos, então nosso papel é muito importante para o futuro do nosso país”.
O coordenador em Direitos Humanos da SEDF, Mauro Gleisson Evangelista, contou que um dia ouviu uma entrevista com um jogador de futebol, que afirmou “quem não tem gratidão não tem caráter”. Gleisson tomou para si a fala e disse que todos da coordenação são muito gratos aos que se empenharam para a realização da IV CNIJMA. “Sabemos o quanto foi difícil estar aqui e as escolas que aqui estão, venceram a burocracia”, concluiu.
Segundo a chefe do Núcleo de Educação Ambiental da SEDF, Josimary Ribeiro, chegar à etapa distrital é a confirmação de que o caminho percorrido está correto. “Temos como objetivo central, fortalecer a educação ambiental no sistema de ensino, além de incentivar a participação da comunidade escolar para ações sustentáveis nas unidades educacionais e se estamos aqui, é porque acreditamos no nosso desafio”, afirmou.
Para a representante do MEC, Simone Portugal, é uma alegria imensa participar de evento tão importante para a educação. “A IV CNIJMA é uma iniciativa do MEC, mas ela só pôde ser implementada, com o apoio das parcerias existentes”, disse. Simone explicou que “não há como trabalhar com educação ambiental, se os participantes da educação no País, não estiverem presentes”, e deixou um recado “que ecoe para fora do ambiente escolar o desejo de um mundo sustentável”.
O estudante universitário, representante do Coletivo Jovem do DF, Pedro Gabriel, disse que é muito importante participar das questões que envolvem os assuntos da escola e da vida. “Atuem, pois é a maneira de mostrar que queremos muito mais”, disse. Pedro concluiu sua fala afirmando “lembrem que esta conferência foi feita para vocês”.
A abertura oficial contou com uma apresentação musical, que deixou os presentes emocionados. Alunos da Escola Classe 01 de Sobradinho, que integram o Coral&São e Orquestra Mãe Terra, sob a regência e violão do professor Carlos Campos, soltaram as vozes em peças autorais e de músicos conhecidos. Campos afirma que acredita na sustentabilidade e com a arte apóia o tema, agregando amor ao que faz. “Desenvolvo este trabalho com alunos do 4° ano do ensino fundamental e para chegar a este resultado, ensaiamos 30 minutos todos os dias”, explica.
Programação
Conheça as escolas participantes e os projetos
O CEF 19 de Taguatinga quer muito mais
 
Sentados na primeira fila, ansiosos pelo inicio da conferência, estavam dois alunos do Centro de Ensino Fundamental 19 de Taguatinga, (antiga Escola Classe 40). O estudante do 6° ano do ensino fundamental, turma F, Emerson Caetano Matos, foi eleito pelos professores da escola, para delegado da instituição educacional. Em sua fala, Emerson demonstra que desempenha o papel com afinco, e com um sorriso largo no rosto explica o motivo de ter aceito o cargo. “Eu quero trabalhar para ter uma escola mais bonita, com uma alimentação cada vez melhor”. Ele explica que a motivação para se empenhar vem dos professores da escola. “É muito bom ter professores felizes, eu vejo que eles fazem tudo com muito amor”, conclui sorrindo.
O colega Igor Nascimento Teixeira, delegado do 6° ano, pede espaço e diz “não estou aqui só por mim, quero que a minha escola melhore sempre, não só para mim, mas para todos os meus colegas”.
Acompanhando e responsável, no evento, por Emerson e Igor, estava o professor de História e Educação Ambiental, Davi Silva Fagundes. Segundo Davi, o ano letivo foi grandioso, pois toda a equipe gestora e docente do CEF 19 de Taguatinga não mediram esforços para trabalhar o tema sustentabilidade. “Estamos aqui, por um trabalho de equipe. Desenvolvemos na escola o projeto Oficina do Futuro e acreditamos realmente na Educação, como passo primordial para a construção de um país digno e melhor”, explica. Davi contou que o envolvimento de toda a equipe rendeu à escola o título de representante institucional da SEDF, para a IV CNIJMA. Davi complementa fazendo um questionamento, que ele mesmo responde, “E sabe qual é o nosso objetivo? Ser a primeira escola sustentável do Distrito Federal”.
Conheça o blog do CEF 19 de Taguatinga.
Veja mais fotos
 Ascom
Fonte: http://www.se.df.gov.br/?p=15421

domingo, 6 de outubro de 2013

Cidades Sustentáveis

Cidades Sustentáveis

                     Cidades Sustentáveis
 
16/10/2011 - Rodnei Vecchia
Os caminhões de operários vinham de toda parte do Brasil querendo colaborar, pensando que iam encontrar a terra da promissão, e estão lá nas cidades satélites, tão pobres quanto antes. Não basta fazer uma cidade moderna; é preciso mudar a sociedade. Isso é que é importante.
OSCAR NIEMEYER


No ano de 2010 o mundo tornou-se urbano, quando mais de 50 % da população mundial passou a viver em cidades. Apesar de possuírem somente 2 % da área do planeta, as cidades abrigam mais de 50 % da população mundial. Esse é mais um fator de pressão contra os já escassos recursos naturais do planeta.

Uma cidade se forma pelo trabalho coletivo de sua população. Nos centros urbanos materializa-se a rica história de um povo, suas relações sociais, políticas, econômicas e religiosas, que só se concretizam na diversidade que a vida nas cidades proporciona. A fotografia de uma cidade é a fotografia de uma sociedade.

Historicamente, as cidades cresceram e prosperaram em locais onde a geografia, o clima e outros atributos naturais eram mais favoráveis. As cidades somente podem continuar a prosperar resguardando os recursos naturais, que são os pilares centrais de suas economias e da sua qualidade de vida. Cidades mal administradas contribuem cada vez mais com as severas preocupações ambientais globais.

A indústria reforça o desfecho dado pela lavoura quando transfere geograficamente o núcleo produtivo do campo para o meio urbano. Formam-se os movimentos de migração em massa, que provocam o caos nas grandes cidades. O crescimento descontrolado da população urbana demanda serviços, equipamentos públicos, transportes, comércio, tecnologia e causa uma série de transtornos à dinâmica das cidades.

As cidades surgiram no interior das sociedades agrícolas no ano 2.000 A.C., no Egito. Na idade média, devido ao comércio praticado a longa distância, as cidades adquiriram a feição de entreposto comercial. No século XIX, a Revolução Industrial trouxe um novo conceito: a qualidade de vida já ameaçada pela poluição gerada pelas fábricas na Europa.

No início do século XIX, Londres era a única cidade que atingia a população de um milhão de habitantes. Em 2005, contabilizaram-se 15 megacidades, ou seja, agrupamentos com mais de 10 milhões de habitantes, e em 2025, segundo dados da ONU, serão 22 em todo o mundo. A cidade moderna torna-se um polo concentrador de comércio, serviços e informações. Ela passa a ser o principal espaço de consumo e circulação de riquezas produzidas no campo.

Muitos acreditam que os países em desenvolvimento podem reproduzir a transição das economias rurais predominantemente agrárias para economias urbanas industriais seguindo a trajetória do que ocorreu na Europa Ocidental. Milhões de camponeses europeus atravessaram o Atlântico desde meados do século XIX em direção às Américas.

Com a crescente mecanização da lavoura faz-se necessário repensar formas de fixação do homem no campo. Os camponeses são habilitados a fazer serviços ambientais essenciais, zelar pelas paisagens e recursos naturais como solos, águas, florestas e clima. Remunerar esses serviços de forma justa irá desacelerar o êxodo rural e evitar inchaço das já degradadas áreas urbanas de grandes centros.

Ainda não existe uma cidade que possa ser considerada totalmente sustentável. Mas imagina-se que, até 2020, várias poderão vir a ser. Começa a nascer o conceito de ecocity – uma cidade pensada para ser inteiramente sustentável, como Dongtan, na China. A primeira fase do projeto, pronta em 2010, contemplará 10 mil moradores. Até 2050, 500 mil habitantes devem mudar-se para lá. Os prédios vão consumir menos água e energia, gerada em usinas solares e eólicas, e reciclar até 80% do lixo. O planejamento urbano em pequenos núcleos favorecerá deslocamentos a pé ou de bicicleta.

As cidades são um ecossistema criado para a mútua realização dos seus habitantes, onde tudo está inter-relacionado e tudo é interdependente. Elas nasceram para facilitar a troca de informações, amizade, bens materiais, cultura, conhecimento, intuições, habilidades, e também troca de apoio emocional, psicológico e espiritual.


Mas o que caracteriza uma cidade sustentável?
É o direito de todos os habitantes à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer, para a presente e futuras gerações.

Para muitos autores, no entanto, o conceito de cidade sustentável encerra uma contradição insolúvel. As cidades são, por definição, sistemas complexos que dependem de fatores externos. O princípio da sustentabilidade, por sua vez, está associado à auto-suficiência, implicando o consumo e a eliminação de resíduos no mesmo espaço.

Dessa forma alguns especialistas entendem que as cidades nunca foram nem serão sustentáveis. A cidade tornou-se rapidamente o principal habitat da humanidade. O acesso a emprego, serviços, equipamentos públicos e a um maior bem-estar social e económico é o seu maior atrativo.

Se grande parte dos problemas ambientais globais têm origem nas cidades e/ou nos seus modos de vida, dificilmente se poderá atingir a sustentabilidade ao nível global sem torná-las sustentáveis. É nas cidades que as dimensões social, econômica e ambiental do desenvolvimento sustentável convergem mais intensamente Assim, torna-se necessário que sejam pensadas, geridas e planejadas de acordo com um modelo de desenvolvimento sustentável.

Cidades sustentáveis são locais que possuem uma política de desenvolvimento para promover o meio ambiente natural. Tem como diretriz a ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar degradação dos recursos naturais. Há um conjunto mínimo de critérios e elementos comuns para esses locais que aparecem em praticamente todos os modelos de planejamento urbano, expresso em planos diretores.

Um elemento importante é a construção de plataformas de sutentabilidade, monitorada por indicadores que irão mensurar e dar os caminhos, prazos e metas de desenvolvimento de excelência. Plataformas com políticas claras e abrangentes de saneamento, coleta e tratamento de lixo; gestão das águas, com coleta, tratamento, economia e reuso; sistemas de transporte que privilegiem o transporte de massas com qualidade e segurança; ações que preservem e ampliem áreas verdes e uso de energias limpas e renováveis; modelos educacionais que capacitem e valorizem o educador; enfim, administração pública transparente e compartilhada com a sociedade organizada.

Toda cidade tem que ter um bom plano de adaptação às mudanças climáticas, principalmente aquelas afetas a eventos extremos. Cidades costeiras devem ter planejamento contra maremotos e elevação do nível dos oceanos. Cidades dos interiores devem se preocupar com deslizamentos em encostas, enchentes, ondas de calor e frio. Enfim, ter flexibilidade e adaptabilidade às novas exigências climáticas (terremotos, vulcões e outros elementos físicos), sem congelar suas estruturas. As coisas mudam rapidamente e as cidades têm que ter a capacidade de resiliência.

Grandes conglomerados urbanos invadiram e violentaram o espaço da geografia natural. No Rio de Janeiro e em muitas grandes cidades do mundo, morros inteiros foram ocupados por construções irregulares e inseguras. Há que se redesenhar o crescimento urbano de forma a integrá-lo com a geografia natural, como reativar margens de rios e recuperar matas ciliares, para que a cidade se torne menos arredia e não receba uma resposta hostil do ambiente natural.

Deve-se revitalizar os centros das grandes cidades para que se tornarem um espaço de convivência pacífica e confortável. São locais dotados de boa infra-estrutura, pouco utilizados e às vezes esvaziados. A população está envelhecendo e tornando-se mais madura e ativa. O novo velho tem vigor físico e intelectual, trabalha, tem mobilidade, busca e pratica qualidade de vida.

A formação e manutenção de bairros menores e autosuficientes devem constar de planos diretores, para evitar a expansão urbana desenfreada no território. Dar prioridade ao adensamento e desenvolvimento urbano no interior dos espaços construídos, com a recuperação dos ambientres degradados.

São todos grandes projetos que exigem vultosos recursos que acabam por criar atividades geradoras de emprego, renda e bem-estar mas ao mesmo tempo desequilíbrios na utilização inadequada dos espaços. Buscar viver no ponto de equilíbrio é o grande desafio de concentraçõers humanas que desejam a sustentabilidade e sonham em ser cidades verdes. Isto que é importante!
 

Como podemos cuidar do Meio Ambiente

Como podemos cuidar do meio ambiente?

19/04/2013 - Juliana Miranda                   

Pequenas atitudes que causam grandes impactos. Esse pode ser o lema a nos mover para preservar o meio ambiente.

Construir um modo de vida que mantenha o planeta saudável é o desafio de cada habitante da Terra. Por isso as ações devem ser contínuas e imediatas. Algumas medidas simples podem contribuir para manter recursos naturais e não poluir local em que vivemos.

Fechar a torneira durante a escovação dos dentes, a limpeza do corpo no banho e enquanto se ensaboa pratos e talheres ao lavar a louça economiza água. Acostume-se com banhos curtos. O desperdício de água pode ser controlado em outras atividades como lavar o carro e dar descarga no banheiro.

O gasto de energia elétrica pode ser reduzido apagando as luzes quando saímos dos cômodos como quarto e cozinha. Aparelhos eletrônicos que não têm necessidade de ficarem ligados full time também podem ser descartados eventualmente, como ar condicionado, ventiladores, televisores, aquecedores e etc.

Outra sugestão é separar um dia da semana da para lavar a roupa. A economia gerada com isso é de energia e água. O mesmo poder ser feito para passar a roupa.

Para lidar com o lixo pratique a coleta seletiva. Separe o lixo da sua casa em embalagens diferentes para material orgânico, plástico, vidro e metal. Se na sua cidade não houver caminhão de coleta seletiva, você pode procurar um destino particular para esse conteúdo.

Lixos especiais como baterias, pilhas e óleo devem ser despachados para locais especializados, pois o contato deles com o solo pode contaminar o meio-ambiente. Normalmente, grandes empresas e prefeituras possuem locais determinados para o recolhimento desse lixo.

Em escala ampliada, com programas de governo e projetos direcionados, pelo menos 108 países e 230 Organizações não Governamentais realizam trabalhos de conscientização de atividades de campo para eliminar poluentes e cultivar recursos naturais.

As ações governamentais são praticadas através de projetos executivos do Ministério do Meio Ambiente e legislação específica para práticas que invadam o ambiente a ser preservado. Normalmente, a fiscalização nesse setor é precária, principalmente em países em desenvolvimento.

As ONG’s realizam educação ambiental, com projetos em redes de televisão e rádio, sites em internet e páginas em rede social, eventos para atração do público e parcerias público-privados.

Fonte: http://www.grupoescolar.com/pesquisa/como-podemos-cuidar-do-meio-ambiente.html

A questão ambiental


16/07/2013 - Grupo Escolar
A questão ambiental tem mobilizado as nações e ganhado a pauta de discussões da sociedade.

Atualmente, temas como desenvolvimento sustentável, mudanças climáticas e consciência ambiental têm feito parte da pauta de discussões da sociedade nas mais diversas esferas. O assunto domina as revistas especializadas, as pesquisas acadêmicas e as discussões políticas nas casas legislativas.

Hoje, a questão ambiental mobiliza uma grande parcela da sociedade, que se preocupa com os rumos que o homem tem tomado na busca pelo lucro e o bom desempenho das atividades econômicas e extrativistas.

A questão ambiental é quase um movimento social, que expressa os problemas que a falta de um desenvolvimento sustentável adequado pode trazer para a qualidade de vida do ser humano e para o futuro das próximas gerações.

Hoje, todos sabem que é vital que o meio ambiente e os recursos naturais sejam preservados. Entretanto, os interesses econômicos têm travado as ações de desenvolvimento sustentável, principalmente nas nações desenvolvidas.

O que vemos hoje é uma exploração indiscriminada dos recursos naturais e a falta de preocupação com o equilíbrio ambiental do planeta. Caso a questão ambiental não seja seriamente discutida, a Terra possivelmente entrará num colapso global.

A questão ambiental chega nesse momento trazendo questionamentos sobre as transformações que o homem tem provocado na natureza e sobre a falta de conscientização da sociedade. Infelizmente, hoje nem mesmo o direito ambiental consegue determinar as diretrizes para a proteção do ambiente e a vida sustentável.

A realidade catastrófica que as mudanças climáticas e a destruição do planeta nos oferece atualmente é resultado de uma ordem capitalista. Assim, vemos que é preciso mudar a ideologia que visa apenas o capital e estabelecer políticas que possam realmente resultar no desenvolvimento sustentável.

É preciso que todas as nações do mundo estejam dispostas a estabelecer um diálogo para garantir o futuro do planeta Terra.
 
1x1.trans Dicas de Como Fazer Um Projeto de Aula Passo a Passo   Confira

Como montar um Projeto na Escola                         
Montar um projeto não é um bicho-de-sete-cabeças, mas requer um bom planejamento e muita pesquisa. Geralmente, ele é discutido e planejado entre coordenadores e professores, e cada professor faz adaptações para adequá-lo a seus alunos e às suas necessidades. Apresentamos a seguir algumas dicas para ajudar você a montar um projeto.

Bom trabalho!
 
Escolha o tema

Que assunto abordar?
Quando estiver pensando em um tema para seu projeto, você pode se perguntar, por exemplo, até que ponto ele vai despertar (e manter) a atenção dos seus alunos; o quanto vai contribuir para ampliar o conhecimento deles; quais são as vantagens e desvantagens de escolher esse ou aquele tema, o que ele teria a oferecer... Uma boa forma de escolher um tema é conversar com seus alunos. Como eles são os maiores interessados, por que não propor uma votação? Você pode até se surpreender com o resultado.
 
Estabeleça o objetivo (ou os objetivos)

Pense no que você pretende conseguir com esse projeto. Provavelmente, surgirão muitas metas. Para não se perder em meio a tantos objetivos, você pode se perguntar: "O que gostaria que meus alunos (e/ou todos os participantes desse projeto) aprendessem com ele?".
 
Pesquise

Procure informações a respeito do tema escolhido em diferentes fontes (jornais, livros, revistas, Internet, filmes, etc.) e certifique-se de que seus alunos poderão encontrar material suficiente na biblioteca da escola (é um dos primeiros lugares em que vão pesquisar). Caso sua escola não tenha uma, verifique qual a mais próxima e peça ajuda à comunidade, solicitando empréstimo de livros, jornais, revistas, etc. A Internet também pode ser uma boa aliada nesse momento.
 
Planeje o projeto

Que atividades você vai propor aos alunos? De que materiais ou ferramentas vocês vão precisar? Isso vai gerar algum custo (para a escola e/ou para os alunos)? Como você vai conduzir o projeto? Que disciplinas serão abordadas? Quantas aulas você usará para executá-lo? Que estratégias vai usar para incentivar os alunos e manter o interesse deles?

As respostas a essas perguntas nortearão seu trabalho e orientarão os procedimentos seguintes. Nesse momento, é importante trocar ideias com os colegas e com a coordenação da escola. Faça uma previsão do que poderia se tornar um "fator complicador" (a necessidade de comprar algum material, por exemplo) e pense em alternativas possíveis para o caso de algo não dar certo. Organize seu projeto por etapas e monte um cronograma para ajudar a turma a não se dispersar. Na hora de formalizar o projeto e colocá-lo no papel, você pode se basear no esquema abaixo.
 
Tema
  • Série a que se destina
  • Duração
  • Justificativa (explique por que você escolheu esse tema)
  • Objetivos - Gerais e Específicos
  • Conteúdos trabalhados (cite que disciplinas e assuntos serão abordados)
  • Estratégias/procedimentos (explique como você pretende alcançar os objetivos)
  • Cronograma / Calendário programado das ações para execução do projeto
  • Material necessário (relacione que recursos serão necessários)
  • Avaliação (cite como você pretende avaliar os alunos)
Sensibilize seus colegas

                            Converse abertamente com sua turma e fale sobre o projeto. Exponha seus planos com animação. Isso certamente vai contagiar os alunos. Planeje as atividades de forma a permitir que eles escolham aquelas em que preferem participar e prepare-se para alterar atividades de que eles absolutamente não gostarem. Lembre-se: se eles não se entusiasmarem com a idéia do projeto, o resultado poderá ser comprometido.
Você pode começar o projeto com um filme, uma notícia, um evento, uma música, um livro, enfim, algo que prenda a atenção da turma para o que virá...
 
Mostre os resultados

À medida que o projeto for "caminhando", ajude a turma a expor os resultados para que outras classes vejam o seu progresso. Se possível, organize com eles um mural num lugar a que os pais tenham acesso; assim, eles poderão acompanhar o trabalho dos filhos. Se houver recursos (computador, acesso à Internet, editor de html), sua turma pode montar uma página na Internet com os resultados do projeto. Outra opção é publicá-los em um livro produzido pelos próprios alunos.
 
Avalie o projeto com a turma

Organize um painel em que a classe possa expor o que mais a agradou e o que não foi tão bom. Dê seu parecer e ouça o que os alunos têm a dizer. Você alcançou seus objetivos (ou pelo menos um deles)? E os pais, têm algo a dizer? Aproveite críticas e sugestões para aperfeiçoar os projetos futuros.
 

Projeto: Escola sustentável

Objetivos
Geral: Implantar práticas sustentáveis na escola.
  • Para a direção, a coordenação pedagógica, os professores e os funcionários: Identificar e promover atitudes sustentáveis no coletivo e, individualmente, agir coerentemente com elas.
  • Para os alunos: Desenvolver atitudes diárias de respeito ao ambiente e à sustentabilidade, apoiadas nos conteúdos trabalhados em sala de aula.
  • Para a comunidade do entorno: Ampliar o interesse por projetos ambientais e se integrar em sua organização e implantação.

Conteúdos de Gestão Escolar
  • Administrativo: Levantamento da demanda dos recursos naturais que entram na escola (água, energia, materiais e alimentos), dos resíduos e da situação estrutural do edifício (instalações elétricas e hidráulicas).
  • Comunidade: Envolvimento na questão ambiental, com construção de novas práticas e valores e a realização de interferências na paisagem.
  • Aprendizagem: Desenvolvimento de habilidades que contemplem a preocupação ambiental nos âmbitos de energia, água, resíduos e biodiversidade.

Tempo estimado O ano todo.

Material necessário Contas de luz e água, plantas do projeto da escola, planilhas para a anotação de dados sobre o consumo de recursos naturais, cartazes de papel reciclado para a confecção de avisos sobre desperdício, papeis para mapas e croquis e material escolar em geral.

Desenvolvimento 1ª etapa - Planejamento em equipe Reúna os funcionários e inicie uma conversa sobre a importância de criar um ambiente voltado à sustentabilidade ambiental. Proponha a formação de grupos que avaliarão como a escola lida com os recursos naturais, o descarte de resíduos e a manutenção de áreas verdes ou livres de construção. É importante que a composição das equipes esteja acordada por todos, assim haverá motivação e interesse. Você, gestor, pode organizar a formação dos grupos, estimar os tempos e objetivos das tarefas e sugerir parcerias. Por exemplo, funcionários da secretaria que cuidam da compra de alimentos podem atuar com a equipe da cozinha.

2ª etapa - Diagnóstico inicial Oriente cada grupo a fazer uma avaliação atenta do assunto escolhido. Por exemplo, a equipe que analisará o uso da energia deve levantar informações sobre a distribuição de luz natural, os períodos e locais em que a energia artificial fica ligada, as luminárias usadas e a sobrecarga de tomadas. Já o grupo que cuidará da água levantará o consumo médio na escola e verificará as condições de caixas- d’água, canos e mangueiras. No fim, os resultados devem ser compartilhados com a comunidade escolar.

3ª etapa - Implantação Com base no diagnóstico inicial, monte com os grupos um projeto que contemple os principais pontos a serem trabalhados. Algumas soluções são:
  • Energia - Incentivar a todos, com conversas e avisos perto de interruptores, a desligar a energia quando houver luz natural ou o ambiente estiver vazio; efetuar a troca de lâmpadas incandescentes por fluorescentes, mais econômicas e eficientes, e fazer a manutenção periódica de equipamentos como geladeiras e freezers. 
  • Água - Providenciar o conserto de vazamentos e disseminar, com lembretes nas paredes, a prática de fechar torneiras durante a lavagem da louça, a escovação dos dentes e a limpeza do edifício. Se houver espaço e recursos, construir cisternas é uma boa opção para coletar a água da chuva, que pode servir para lavar o chão e regar áreas verdes. 
  • Resíduos - Caso não haja coleta seletiva pelo serviço público, deve-se buscar parcerias com cooperativas de catadores. Além disso, é possível substituir, sempre que possível, sulfite, cartolina, isopor e EVA por papel craft reciclado e trocar o cimento pela terra prensada na construção de alguns equipamentos, como bancos no jardim. Outras iniciativas: manter composteiras para a destinação do lixo orgânico e a produção de adubo, implantar programas contra o desperdício de comida e promover o uso e o descarte corretos dos produtos de limpeza. 
  • Biodiversidade - Investir no aumento da superfície permeável e de áreas verdes cria espaços para o desenvolvimento de espécies animais e vegetais, além de refrescar o ambiente, diminuir a poeira e aumentar a absorção de água da chuva.

4ª etapa - Definição de conteúdos disciplinares Em reuniões com coordenadores e professores, levante os conteúdos pedagógicos que podem receber o apoio do projeto ao ser trabalhados em sala, como:
  • A importância da água para a vida na Terra;
  • O desenvolvimento dos vegetais;
  • A dinâmica da atmosfera terrestre;
  • As transformações químicas;
  • Os tipos de poluição;
  • Os combustíveis renováveis e não-renováveis;
  • As cadeias alimentares;
  • Os ciclos do carbono e do nitrogênio;
  • A importância dos aquíferos;
  • O estudo das populações, entre outros.

5ª etapa - Sensibilização da comunidade
Para aproximar as famílias e permitir que elas também apliquem as ações sustentáveis do projeto em seu dia a dia, é preciso envolvê-las desde o início. Nesse sentido, o diretor pode convocá-las a participar de reuniões e eventos sobre o tema, expor as mudanças implantadas na escola em painéis, apresentar as reduções nas contas de água e de luz e convidá-las a ver de perto a preocupação ambiental aplicada nos diferentes locais da escola.

6ª etapa - Manutenção permanente das ações
Acompanhe o andamento das mudanças, anotando os resultados e as pendências. Reúna os envolvidos para fazer as avaliações coletivas das medidas adotadas. Não hesite em reforçar os princípios do projeto sempre que julgar necessário e procure levar em consideração novas sugestões e soluções propostas por alunos, educadores ou famílias. É importante ter em mente que essa manutenção deve ser permanente e não apenas parte isolada do projeto.

Avaliação Retome os objetivos do projeto, recordando o que a escola espera alcançar, e questione se eles foram atingidos, total ou parcialmente. Monte uma pauta de avaliação sobre cada item trabalhado e retome aqueles que merecem mais aprofundamento. Avalie também o envolvimento da equipe e dos alunos, se todos estão interessados na questão ambiental e se eles mudaram as atitudes cotidianas em relação ao desperdício e ao consumo.

Fonte: http://gestaoescolar.abril.com.br/aprendizagem/projeto-escola-sustentavel-544933.shtml
LOGÍSTICA REVERSA DO ÓLEO DE COZINHA USADO
   
Antonio Carlos Miguel[1]
Débora M. Bueno Franco[2]
 
 
Resumo: Este estudo tem por objetivo demonstrar os benefícios que o correto descarte do óleo de cozinha usado traz ao meio ambiente e ao ser humano, descrevendo sua logística reversa e apresentando os principais projetos que usam este tema como ferramenta de conscientização da população. O correto descarte do óleo de cozinha usado faz com que seja agregado valor econômico a este agente altamente poluidor através de seu reaproveitamento como matéria prima na fabricação de vários produtos entre eles o biodiesel uma energia renovável, o sabão em pedra artesanal e diversos tipos de ração animal.
 
Palavras-Chave: Logística reversa. Óleo de cozinha usado. Sustentabilidade.
 
 
Abstract: This study aims to show the benefits that the correct disposal of used cooking oil brings to the environment and to human beings, describing their reverse logistics and showing the main projects that use this theme as a tool for raising awareness of the population. The correct disposal of used cooking oil makes it the aggregate economic value this highly polluting agent through its reuse as a raw material in the manufacture of various products including biodiesel a renewable energy, artisan stone SOAP and various kinds of animal feed.
 
Key-words: Reverse logistics. Used cooking oil. Sustainability
 
1             INTRODUÇÃO
 
Diante da rápida evolução global, grande aumento da população e o desenvolvimento tecnológico, observa-se uma necessidade da conscientização dos cidadãos ao correto descarte de substâncias prejudiciais ao meio ambiente.
O aparecimento de materiais de custo mais baixo, propiciam as pessoas, melhores condições de consumo, aumentando a necessidade de descartar esses materiais, sendo que o ciclo de vida destes está cada vez menor. Uma ferramenta que se torna muito útil e que alguns estudos apontam como muito rentável é a logística reversa, conhecida também como reciclagem.
Segundo LEITE (2003) a logística reversa como área da logística empresarial que planeja, opera e controla o fluxo das informações correspondentes ao retorno de bens de pós venda e pós consumo, ao ciclo produtivo por meio de canais de distribuição reversos.
 De acordo com ITABORAHY (2002) reciclar é dar nova vida aos materiais, a partir da reutilização de sua matéria-prima, para fabricar novos produtos.
O óleo de cozinha utilizado em bares, restaurantes, comércio em geral e em nossas residências, quando descartado de forma incorreta, pode trazer danos significativos ao meio ambiente, como a impermeabilização do solo, causando enchentes, entupimento de ralos e canos, contaminação dos lençóis freáticos.
Sendo assim, este estudo tem objetivo demonstrar os benefícios da reutilização do óleo de cozinha saturado, como fonte de energia renovável, ajudando a sustentabilidade, aumentando a geração de renda, sobre tudo diminuindo os impactos ambientais. Para tanto foram propostos alguns objetivos específicos:
  1. Descrever a logística reversa do óleo de cozinha usado.
  2. Apresentar alguns projetos de reciclagem do óleo de cozinha saturado.
  3. Apresentar os principais benefícios do correto descarte do óleo cozinha usado.
Este estudo tem por importância principal o uso do tema como ferramenta de conscientização para diminuição significativa dos impactos causados pelo errado descarte do óleo de cozinha usado, possibilitando uma melhor qualidade de vida as gerações futuras.
Os projetos que tem por objetivo dar uma destinação correta a este resíduo extremamente prejudicial ao meio ambiente são muito importantes, pois ajudam a garantir um planeta mais limpo as futuras gerações. Estes projetos destinam o óleo de cozinha usado a vários fins. A produção de biodiesel uma energia renovável, a produção de diversos tipos de rações animais, o feitio de sabão em pedra artesanal são belos exemplos.
 
2             LOGÍSTICA REVERSA
 
Nos tempos atuais pesquisa-se muito sobre Logística Reversa, há muitas definições sobre este termo. Segue algumas definições entendidas como mais relevantes:
Entendemos então que o conceito de Logística Reversa como uma das áreas da logística empresarial engloba o conceito tradicional de logística, agregando um conjunto de operações e ações ligadas, desde a redução de matéria prima primária até a destinação final correta de produtos, materiais e embalagens com o seu consecutivo reuso, reciclagem e/ou produção de energia. (HUGO FERREIRA BRAGA TADEU [ET AL.], 2012, p.14)
“Logística reversa é um amplo termo relacionado às habilidades e atividades envolvidas no gerenciamento de redução, movimentação e disposição de resíduos de produtos e embalagens”. (Council of Logistics Management – CLM, 1993, s.p.).
Em Rogers e Tibben-Lembke(1999, p.2) a Logística Reversa é definida como:
Processo de planejamento, implementação e controle da eficiência, do custo efetivo do fluxo de matérias-primas, estoques de processo, produtos acabados e as respectivas informações, desde o ponto de consumo até o ponto de origem, com o propósito de recapturar valor ou adequar o seu destino.
FILHO; BERTÉ, (2009), apud RLEC, (2003), afirma que os produtos podem, após consumo, ser direcionados para uma nova cadeia produtiva, assim sendo transformados em novas matérias primas como é o caso de pneus, garrafas pet e óleo de cozinha.
Pode ainda ser incluída na logística reversa, a destinação correta de materiais retornados a remanufatura e recondicionamento de produtos, assim como a reciclagem, tratamento de produtos perigosos e também a recuperação de recursos.
 
2.2         LOGÍSTICA REVERSA DO ÓLEO DE COZINHA USADO
 
O óleo de cozinha usado quando retornado ao processo produtivo como nova matéria prima, agrega valor econômico ao produto. Diminui o custo. Mas para que o seu retorno seja feito, é necessário a otimização de toda cadeia logística, seguindo algumas etapas: Acondicionamento, coleta, armazenagem e movimentação.
O acondicionamento do óleo de cozinha usado deve ser em garrafas pet (em caso de residências) e em bombonas de plástico (tambores que podem ser de 20 ou até 50 litros, encontram-se nos postos de coleta), sendo eles adaptados para retirada por mangueiras de sucção.
A coleta desse óleo é feita por veículos tanque, adaptados com bombas para mangueira de sucção para retirada do óleo das bombonas, fazendo uma rota pré-definida aos postos de coleta.
A armazenagem do óleo coletado é feita em tanques de maior volume de estocagem dependendo da estratégia definida pela equipe. Este óleo pode ser descarregado e armazenado em tanques em local pré-definido atendendo todos os requisitos necessários estabelecidos em lei e atendendo todas as políticas de segurança, ou sendo também descarregado e armazenado diretamente ao cliente final, lugar este onde ele será matéria prima novamente.
A movimentação deste produto geralmente é feita em garrafas pet até os postos de coleta, onde é acondicionado nas bombonas. A partir dos postos de coleta é utilizado caminhões tanque para a movimentação.
Veja abaixo na figura 1 um exemplo de posto de coleta, onde mostra a armazenagem do óleo coletado nas bombonas.
 
Figura 1: Posto de Coleta Reciclagem de Óleo de Cozinha usado Projeto Perpetóleo,                     Fonte: http://perpetóleo.blogspot.com.br
Segue fluxograma demonstrando as etapas da logística reversa do óleo de cozinha usado:
 
Seguindo o pensamento que o óleo de cozinha retorna como matéria prima para fabricação de outros produtos, podemos observar o biodiesel uma energia renovável, que usa em sua composição em média 70% de óleo de cozinha usado, temos também o sabão em pedra artesanal, a fabricação de rações animais que usam o óleo de cozinha usado como uma das matérias primas essenciais para sua transformação.
 
3             PROJETOS DE RECICLAGEM DO ÓLEO DE COZINHA USADO
 
3.2         PERPETÓLEO
O Projeto perpetóleo nasceu no ano de 2011, juntamente com a campanha da fraternidade, onde seu lema era FRATERNIDADE E VIDA NO PLANETA, este projeto é mantido pelo centro redentorista de ação social do Santuário do Perpétuo Socorro, localizado no Bairro Alto da Glória em Curitiba/PR.
Este projeto é totalmente sem fins lucrativos, onde toda receita é revertida para ações sociais e de evangelização. Atualmente com o valor arrecadado o projeto perpetóleo mantém uma chácara de reabilitação para dependentes químicos.
O projeto tem vários postos de coleta espalhados por toda cidade de Curitiba e região metropolitana. Todo óleo coletado é repassado para usinas de biodiesel e indústrias que fabricam rações animais.
Abaixo, figura 2, banner do projeto perpetóleo.
 
Figura 2: Banner Projeto Perpetóleo,                           Fonte:http://perpetóleo.blogspot.com.br
 
3.3         UTFPR – MEDIANEIRA/PR
A Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus de Medianeira/PR, tem um programa de reciclagem de óleo de cozinha, em conjunto com a ASSAMA – Associação dos Agentes do Meio Ambiente, este projeto tem por objetivo principal o incentivo aos moradores da cidade ao correto descarte do óleo de cozinha usado, evitando a poluição e ajudando a preservação do meio ambiente. Este projeto tem como postos de coleta colégios estaduais do município, supermercados e secretárias municipais.
O material recolhido será encaminhado para a produção de sabão em pedra e biodiesel.
 
3.4         ECÓLEO
Ecóleo teve seu nascimento em Janeiro de 2007, com sua fundadora a Sra. Célia Marcondes, onde ela lançou um programa de coleta de resíduos de óleo de cozinha usado, este serviço era feito porta a porta, na região de Cerqueira Cesar na cidade de São Paulo.
Para que sua ideia fosse disseminada convidou a SABESP ( Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo) e a Secretaria do Verde e de Meio Ambiente, que apoiaram esta ação. Assim aumentou-se a divulgação do programa, e Célia Marcondes passou a ser procuradas por várias cidades, querendo que sua ideia fosse implantada.
O programa Ecóleo ultrapassou as barreiras municipais e estaduais e hoje atua no âmbito nacional, e representa entidades em todo território brasileiro. Hoje conta com 12 empresas associadas coletando e beneficiando o óleo coletado em mais de 60 municípios de São Paulo, gerando 1200 postos de trabalho direto e aproximadamente 800 indiretos. Só na grande São Paulo as entidades já recolhem mais de 2.600.000 ( Dois milhões e seiscentos mil litros) de óleo vegetal usado.
Figura 3, como funciona o projeto Ecóleo.
 
 
4             PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DO DESCARTE CORRETO DO ÓLEO DE COZINHA USADO
 
Muito se fala sobre a reciclagem, mas quando ela é feita da forma correta, traz inúmeros benefícios ao meio ambiente e também para o ser humano.
A vida moderna ajuda as pessoas a se acomodarem, assim, fazendo uso exagerado dos recursos naturais disponíveis.
Neste estudo, observamos que o óleo de cozinha usado é um agente altamente poluidor do meio ambiente, e que se for descartado corretamente pode virar matéria prima para a fabricação de outros produtos, sendo assim vamos falar um pouco sobre os principais benefícios de seu correto descarte.
Geração de emprego e renda, pois é preciso a mobilização de pessoal para fazer a coleta e mão de obra nas fábricas que fazem a transformação deste resíduo.
Fonte de energia renovável, o que o óleo de cozinha usado é o insumo principal para a fabricação do biodiesel uma energia renovável, assim ajudando na diminuição de emissão de CO2 (gás carbono) na atmosfera.
Diminuição significativa dos impactos ambientais causados por contaminação, sabendo que o óleo jogado no solo causa impermeabilização, uma das principais causas de enchentes nas grandes cidades, e estudos apontam que 1 litro de óleo pode contaminar até 1.000.000 (um milhão de litros) de água.
Redução de custo com tratamento de água e manutenção das redes de esgoto, diminuindo a contaminação, consequentemente reduz os custos com tratamento e manutenção corretiva.
Melhor qualidade de vida, através das melhores condições ambientais pelo correto descarte do óleo de cozinha usado.
 
5             RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
 
A responsabilidade socioambiental nada mais é do que desenvolver trabalhos com objetivos voltados ao desenvolvimento social e econômico, diretamente relacionado com a satisfação garantida da comunidade envolvida, atendendo aos requisitos sociais, econômicos e culturais.
Nos dias atuais, cada vez mais os investidores vem sendo atraídos pelas tecnologias limpas e projetos com desenvolvimento sustentável, portanto tornou-se o foco principal de muitas empresas. Pesquisas apontam que 90% dos consumidores tendem a optar por empresas que tem melhor reputação quanto a responsabilidade social, além disso 54% dessas pessoas pagariam mais caro por um produtos que apoiam uma causa na qual eles se preocupam, 66% mudariam de marca para apoiar essa causa. (Pride, Ferrel, p.78).
O termo marketing social apareceu pela primeira em 1971, para descrever o uso de princípios e técnicas de marketing para a promoção de uma causa, idéia ou comportamento social. Desde então, passou a significar uma tecnologia de gestão da mudança social, associada ao projeto, implantação e controle de programas voltados para o aumento da disposição de aceitação de uma idéia ou prática social em um ou mais grupos de adotantes escolhidos como alvo. (KOTLER, Philip e ROBERTO, Eduardo,1992, p.25)
Os empresários que fazem parte de projetos voltados a responsabilidade socioambiental usam o marketing social como ferramenta de destaque no mercado, levando vantagem competitiva, mostrando aos seus clientes sua preocupação com a preservação do meio ambiente e a qualidade de vida para as gerações futuras, sendo uma excelente estratégia para sua gestão.
 
6             considerações finais
 
Conclui-se neste estudo que com a evolução global a vida útil dos produtos esta cada vez menor, e a população está se acomodando com a modernidade que as novas tecnologias trazem.
Por outro lado percebe-se que há o surgimento de vários programas voltados a sustentabilidade, no qual estão sendo bem aceitos pela sociedade e as empresas.
Sendo assim, o meio corporativo vem se adequando a essa nova realidade, aparentando mudanças de foco e utilizando de ferramentas como o marketing social para obter vantagem competitiva. As empresas vêm se mostrando interessadas em como fazer o descarte de forma correta de seus resíduos.
 
REFERÊNCIAS

CLM – Council of Logistics Management. Reuse and Recycling Reverse Logistics;
FILHO, Edelvino Razzolini, BERTÉ,Rodrigo. O Reverso da Logística e as questões ambientais no Brasil. Curitiba: IBPEX,2009.
ITABORAHY, L. Educação ambiental e conscientização comunitária. ET. AL. Porto Trombetas: FVT, 2002.
KOTLER, Philip e ROBERTO, Eduardo. Marketing Social: Estratégias Para Alterar o Comportamento Público Rio de Janeiro, Campus, 1a. ed., 1992.
PRIDE, Willian M., FERRELL, O. C. Marketing conceitos e estratégias. 11º Ed. Rio de Janeiro. LTC.
ROGERS, Dale S.; Tibben-Lembke, Ronald S. Going Backwards: Reverse Logistics Practice; IL: Reverse Logistics Exectuve Council, 1999.
STOCK, James R., Development and Implementation of Reverse Logistics Programs, Oak Brook, IL: Council of Logistics Management; 1998.
TADEU, Hugo Ferreira Braga... [ET AL.]. Logística Reversa e Sustentabilidade -– São Paulo: CENGAGE LEARNING, 2012.
http://perpetóleo.blogspot.com.br Disponível em: 16/03/2013.
http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2002_TR11_0543.pdf Disponível em: 14/04/2013.
http://www.ecoleo.org.br/Nossa_historia.html Disponível em: 17/05/13
http://www.infoescola.com/administracao_/definicoes-de-logistica-reversa/ Disponível em: 14/04/2013.
http://www.scielo.br/pdf/gp/v13n3/05.pdf  Disponível em 16/03/2013.
http://www.scielo.br/pdf/gp/v19n3/01.pdf Disponível em 16/03/2013.
http://www.utfpr.edu.br/medianeira/estrutura/assessorias/ascom/noticias/acervo/campus-medianeira-lanca-programa-de-reciclagem-de-oleo-de-cozinha Disponível em: 16/05/2013.

[1]  Aluno do curso de Pós Graduação MBA em Gestão Avançada de Empresas da FACEAR/CEET/ICEET; E-mail: acmiguell@hotmail.com
[2]  Orientadora do curso de Pós Graduação em MBA em Gestão Avançada de Empresas da FACEAR/CEET/ICEET


Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/logistica-reversa-do-oleo-de-cozinha-usado/113547/#ixzz2gyWZtaFx

domingo, 22 de setembro de 2013

Desafios Ecológicos do Fim do Milênio
Leonardo Boff

O bem-estar não pode ser só social, tem de ser também sociocósmico" Leonardo Boff.
 
Ernst Haeckel, biólogo alemão (1834-1919), criou em 1866 a palavra ecologia e definiu o seu significado: o estudo do inter-retrorelacionamento de todos os sistemas vivos e não-vivos entre si e com seu meio ambiente. De um discurso regional como subcapítulo da biologia, passou a ser atualmente um discurso universal, quiçá de maior força mobilizadora na virada do milênio.
Na pletora de propostas, queremos apresentar, como numa leitura de cegos, os elementos mais relevantes da discussão atual.
Ela se dá em quatro grandes vertentes: a ecologia ambiental, a ecologia social, a ecologia mental e a ecologia integral.
 
Ecologia ambiental
Esta primeira vertente se preocupa com o meio ambiente, para que não sofra excessiva desfiguração, com qualidade de vida e com a preservação das espécies em extinção. Ela vê a natureza fora do ser humano e da sociedade. Procura tecnologias novas, menos poluentes, privilegiando soluções técnicas. Ela é importante porque procura corrigir os excessos da voracidade do projeto industrialista mundial, que implica sempre custos ecológicos altos.
Se não cuidarmos do planeta como um todo, podemos submetê-lo a graves riscos de destruição de partes da biosfera e, no seu termo, inviabilizar a própria vida no planeta.
 
Ecologia social
A segunda _a ecologia social_ não quer apenas o meio ambiente. Quer o ambiente inteiro. Insere o ser humano e a sociedade dentro da natureza. Preocupa-se não apenas com o embelezamento da cidade, com melhores avenidas, com praças ou praias mais atrativas. Mas prioriza o saneamento básico, uma boa rede escolar e um serviço de saúde decente. A injustiça social significa uma violência contra o ser mais complexo e singular da criação que é o ser humano, homem e mulher. Ele é parte e parcela da natureza.
A ecologia social propugna por um desenvolvimento sustentável. É aquele em que se atende às carências básicas dos seres humanos hoje sem sacrificar o capital natural da Terra e se considera também as necessidades das gerações futuras que têm direito à sua satisfação e de herdarem uma Terra habitável com relações humanas minimamente justas.
Mas o tipo de sociedade construída nos últimos 400 anos impede que se realize um desenvolvimento sustentável. É energívora, montou um modelo de desenvolvimento que pratica sistematicamente a pilhagem dos recursos da Terra e explora a força de trabalho.
No imaginário dos pais fundadores da sociedade moderna, o desenvolvimento se movia dentro de dois infinitos: o infinito dos recursos naturais e o infinito do desenvolvimento rumo ao futuro. Esta pressuposição se revelou ilusória. Os recursos não são infinitos. A maioria está se acabando, principalmente a água potável e os combustíveis fósseis. E o tipo de desenvolvimento linear e crescente para o futuro não é universalizável. Não é, portanto, infinito. Se as famílias chinesas quisessem ter os automóveis que as famílias americanas têm, a China viraria um imenso estacionamento. Não haveria combustível suficiente e ninguém se moveria.
Carecemos de uma sociedade sustentável que encontra para si o desenvolvimento viável para as necessidades de todos. O bem-estar não pode ser apenas social, mas tem de ser também sociocósmico. Ele tem que atender aos demais seres da natureza, como as águas, as plantas, os animais, os microorganismo, pois todos juntos constituem a comunidade planetária, na qual estamos inseridos, e sem os quais nós mesmos não viveríamos.
 
Ecologia mental
A terceira, a ecologia mental, chamada também de ecologia profunda, sustenta que as causas do déficit da Terra não se encontram apenas no tipo de sociedade que atualmente temos. Mas também no tipo de mentalidade que vigora, cujas raízes alcançam épocas anteriores à nossa história moderna, incluindo a profundidade da vida psíquica humana consciente e inconsciente, pessoal e arquetípica.
Há em nós instintos de violência, vontade de dominação, arquétipos sombrios que nos afastam da benevolência em relação à vida e à natureza. Aí dentro da mente humana se iniciam os mecanismos que nos levam a uma guerra contra a Terra. Eles se expressam por uma categoria: a nossa cultura antropocêntrica. O antropocentrismo considera o ser humano rei/rainha do universo. Pensa que os demais seres só têm sentido quando ordenados ao ser humano; eles estão aí disponíveis ao seu bel-prazer. Esta estrutura quebra com a lei mais universal do universo: a solidariedade cósmica. Todos os seres são interdependentes e vivem dentro de uma teia intrincadíssima de relações. Todos são importantes.
Não há isso de alguém ser rei/rainha e considerar-se independente sem precisar dos demais. A moderna cosmologia nos ensina que tudo tem a ver com tudo em todos os momentos e em todas as circunstâncias. O ser humano esquece esta realidade. Afasta-se e se coloca sobre as coisas em vez de sentir-se junto e com elas, numa imensa comunidade planetária e cósmica. Importa recuperarmos atitudes de respeito e veneração para com a Terra.
Isso somente se consegue se antes for resgatada a dimensão do feminino no homem e na mulher. Pelo feminino o ser humano se abre ao cuidado, se sensibiliza pela profundidade misteriosa da vida e recupera sua capacidade de maravilhamento. O feminino ajuda a resgatar a dimensão do sagrado. O sagrado impõe sempre limites à manipulação do mundo, pois ele dá origem à veneração e ao respeito, fundamentais para a salvaguarda da Terra. Cria a capacidade de re-ligar todas as coisas à sua fonte criadora que é o Criador e o Ordenador do universo. Desta capacidade re-ligadora nascem todas as religiões. Precisamos hoje revitalizar as religiões para que cumpram sua função religadora.
 
Ecologia integral
Por fim, a quarta - a ecologia integral - parte de uma nova visão da Terra. É a visão inaugurada pelos astronautas a partir dos anos 60 quando se lançaram os primeiros foguetes tripulados. Eles vêem a Terra de fora da Terra. De lá, de sua nave espacial ou da Lua, como testemunharam vários deles, a Terra aparece como resplandecente planeta azul e branco que cabe na palma da mão e que pode ser escondido pelo polegar humano.
Daquela perspectiva, Terra e seres humanos emergem como uma única entidade. O ser humano é a própria Terra enquanto sente, pensa, ama, chora e venera. A Terra emerge como o terceiro planeta de um Sol que é apenas um entre 100 bilhões de outros de nossa galáxia, que, por sua vez, é uma entre 100 bilhões de outras do universo, universo que, possivelmente, é apenas um entre outros milhões paralelos e diversos do nosso. E tudo caminhou com tal calibragem que permitiu a nossa existência aqui e agora. Caso contrário não estaríamos aqui. Os cosmólogos, vindos da astrofísica, da física quântica, da biologia molecular, numa palavra, das ciências da Terra, nos advertem que o inteiro universo se encontra em cosmogênese. Isto significa: ele está em gênese, se constituindo e nascendo, formando um sistema aberto, sempre capaz de novas aquisições e novas expressões. Portanto ninguém está pronto. Por isso, temos que ter paciência com o processo global, uns com os outros e também conosco mesmo, pois nós, humanos, estamos igualmente em processo de antropogênese, de constituição e de nascimento.
Três grandes emergências ocorrem na cosmogênese e antropogênese: (1) a complexidade/diferenciação, (2) a auto-organização/consciência e (3) a religação/relação de tudo com tudo. A partir de seu primeiro momento, após o Big-Bang, a evolução está criando mais e mais seres diferentes e complexos (1). Quanto mais complexos mais se auto-organizam, mais mostram interioridade e possuem mais e mais níveis de consciência (2) até chegaram à consciência reflexa no ser humano. O universo, pois, como um todo possui uma profundidade espiritual. Para estar no ser humano, o espírito estava antes no universo. Agora ele emerge em nós na forma da consciência reflexa e da amorização. E, quanto mais complexo e consciente, mais se relaciona e se religa (3) com todas as coisas, fazendo com que o universo seja realmente uni-verso, uma totalidade orgânica, dinâmica, diversa, tensa e harmônica, um cosmos e não um caos.
As quatro interações existentes, a gravitacional, a eletromagnética e a nuclear fraca e forte, constituem os princípios diretores do universo, de todos os seres, também dos seres humanos. A galáxia mais distante se encontra sob a ação destas quatro energias primordiais, bem como a formiga que caminha sobre minha mesa e os neurônios do cérebro humano com os quais faço estas reflexões. Tudo se mantém religado num equilíbrio dinâmico, aberto, passando pelo caos que é sempre generativo, pois propicia um novo equilíbrio mais alto e complexo, desembocando numa ordem, rica de novas potencialidades.
 
Uma visão libertadora
A ecologia integral procura acostumar o ser humano com esta visão global e holística. O holismo não significa a soma das partes, mas a captação da totalidade orgânica, una e diversa em suas partes, mas sempre articuladas entre si dentro da totalidade e constituindo esta totalidade. Esta cosmovisão desperta no ser humano a consciência de sua funcionalidade dentro desta imensa totalidade. Ele é um ser que pode captar todas estas dimensões, alegrar-se com elas, louvar e agradecer aquela Inteligência que tudo ordena e aquele Amor que tudo move, sentir-se um ser ético, responsável pela parte do universo que lhe cabe habitar, a Terra.
Ela, a Terra, é, segundo notáveis cientistas, um superorganismo vivo, denominado Gaia, com calibragens refinadíssimas de elementos físico-químicos e auto-organizacionais que somente um ser vivo pode ter. Nós, seres humanos, podemos ser o satã da Terra, como podemos ser seu anjo da guarda bom. Esta visão exige uma nova civilização e um novo tipo de religião, capaz de re-ligar Deus e mundo, mundo e ser humano, ser humano e a espiritualidade do cosmos.
O cristianismo é levado a aprofundar a dimensão cósmica da encarnação, da inabitação do espírito da natureza e do panenteísmo, segundo o qual Deus está em tudo e tudo está em Deus.
Importa fazermos as pazes e não apenas uma trégua com a Terra. Cumpre refazermos uma aliança de fraternidade/sororidade e de respeito para com ela. E sentirmo-nos imbuídos do Espírito que tudo penetra e daquele Amor que, no dizer de Dante, move o céu, todas as estrelas e também nossos corações. Não cabe opormos as várias correntes da ecologia. Mas discernirmos como se complementam e em que medida nos ajudam a sermos um ser de relações, produtores de padrões de comportamentos que tenham como consequência a preservação e a potenciação do patrimônio formado ao longo de 15 bilhões de anos e que chegou até nós e que devemos passá-lo adiante dentro de um espírito sinergético e afinado com a grande sinfonia universal.
 

 
A palavra ECOLOGIA já foi ouvida por todos vocês, não foi? Desde a Rio-92 a mídia começou a usar essa palavra indiscriminadamente, virou moda, mas pouco foi explicado sobre o conceito dessa palavra.

A palavra Ecologia tem origem no grego ”oikos“, que significa casa, e “logos“, estudo, significando “O estudo da casa (Terra). Foi usada pela primeira vez em 1869, pelo cientista alemão Ernst Haeckel  para designar o estudo das relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem.
Hoje e Ecologia moderna se dividiu em várias vertentes, de acordo com o Teólogo ambientalista Leonardo Boff: ecologia ambiental, ecologia social, ecologia mental e integral. Abaixo o o conceito de cada uma das vertentes segundo Boff.

Ecologia ambiental se preocupa com o meio ambiente, para que não sofra excessiva desfiguração, com qualidade de vida e com a preservação das espécies em extinção. Ela vê a natureza fora do ser humano e da sociedade. Procura tecnologias novas, menos poluentes, privilegiando soluções técnicas. Ela é importante porque procura corrigir os excessos da voracidade do projeto industrialista mundial, que implica sempre custos ecológicos altos.
Se não cuidarmos do planeta como um todo, podemos submetê-lo a graves riscos de destruição de partes da biosfera e, no seu termo, inviabilizar a própria vida no planeta.

Ecologia social -não quer apenas o meio ambiente, quer o ambiente inteiro. Insere o ser humano e a sociedade dentro da natureza. Preocupa-se não apenas com o embelezamento da cidade, com melhores avenidas, com praças ou praias mais atrativas. Mas prioriza o saneamento básico, uma boa rede escolar e um serviço de saúde decente. A injustiça social significa uma violência contra o ser mais complexo e singular da criação que é o ser humano, homem e mulher. Ele é parte e parcela da natureza.
A ecologia social defende o desenvolvimento sustentável. É aquele em que se atende às carências básicas dos seres humanos hoje sem sacrificar o capital natural da Terra e se considera também as necessidades das gerações futuras que têm direito à sua satisfação e de herdarem uma Terra habitável com relações humanas minimamente justas.

Ecologia mental ou profunda sustenta que as causas do déficit da Terra não se encontram apenas no tipo de sociedade que atualmente temos mas também no tipo de mentalidade que vigora, cujas raízes alcançam épocas anteriores à nossa história moderna, incluindo a profundidade da vida psíquica humana consciente e inconsciente, pessoal e arquetípica.
Há em nós instintos de violência, vontade de dominação, arquétipos sombrios que nos afastam da benevolência em relação à vida e à natureza. Aí dentro da mente humana se iniciam os mecanismos que nos levam a uma guerra contra a Terra. Eles se expressam por uma categoria: a nossa cultura antropocêntrica. O antropocentrismo considera o ser humano rei/rainha do universo. Pensa que os demais seres só têm sentido quando ordenados ao ser humano; eles estão aí disponíveis ao seu bel-prazer. Esta estrutura quebra com a lei mais universal do universo: a solidariedade cósmica. Todos os seres são interdependentes e vivem dentro de uma teia intrincadíssima de relações. Todos são importantes.

Ecologia integral- parte de uma nova visão da Terra. É a visão inaugurada pelos astronautas a partir dos anos 60 quando se lançaram os primeiros foguetes tripulados. Eles vêem a Terra de fora da Terra. De lá, de sua nave espacial ou da Lua, como testemunharam vários deles, a Terra aparece como resplandecente planeta azul e branco que cabe na palma da mão e que pode ser escondido pelo polegar humano.
O ser humano é a própria Terra enquanto sente, pensa, ama, chora e venera. Os cosmólogos, vindos da astrofísica, da física quântica, da biologia molecular, nos advertem que o inteiro universo se encontra em cosmogênese. Isto significa: ele está em gênese, se constituindo e nascendo, formando um sistema aberto, sempre capaz de novas aquisições humanos, estamos igualmente em processo de antropogênese, de constituição e de nascimento.
Bom depois dessas informações não se pode mais dizer que Ecologia é apenas preservar a natureza. É muito mais abrangente. Pois tudo está interligado no Planeta.

Fonte: http://atitudesustentavel.com.br/ecocardiograma/2012/12/06/o-desafio-ambiental-de-se-colocar-em-pratica-as-4-ecologias/

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

CEF 19 - Taguatinga Norte - Educação para a cidadania participativa

Educação para a cidadania participativa


6 de junho de 2013 | 17:54
Melhorar a compreensão da população em relação ao pagamento de tributos é um dos objetivos do programa nacional Educação Fiscal, que no Distrito Federal, nessa atual gestão, tem atuado a fim também de promover um controle social dos recursos públicos pelos cidadãos.


O programa alcança a sociedade como um todo, mas foca principalmente o ensino fundamental. Nesse sentido, a Secretaria de Fazenda promove um circuito lúdico educacional para os estudantes com diversas atividades: visita à secretaria, apresentação teatral abordando a importância dos tributos, passeio cívico pela cidade e ainda, visita à alfândega do Aeroporto Internacional de Brasília, além de outros projetos mais específicos desenvolvidos na rede pública de ensino.

Um desses projetos é o “Adote um parlamentar”, do professor e educador fiscal Davi Silva Fagundes, que hoje abarca não só o Poder Legislativo, como também o Poder Executivo. A ideia é que cada aluno acompanhe um gestor público, entre em contato com ele, e, assim, monitore o trabalho desenvolvido por parlamentares, ministros, secretários, entre outros. Para o professor, a importância do projeto está na cidadania participativa. “Isso contribui para que os recursos que são arrecadados pelo governo do DF e pelo Brasil atendam plenamente a condição de dignidade da pessoa humana onde nós vivemos”, explica.

A estudante Daniele Maria Costa, 15 anos, fez todo esse trabalho em torno do ministro da Fazenda, Guido Mantega. Para ela, esses contatos com o ministro e o acompanhamento da sua rotina mudaram bastante a vida dela porque, segundo a estudante, ela era desligada em relação à sua função como cidadã. “Esse trabalho fez a gente olhar o mundo lá fora, não ficar sentado e buscar as informação pra tentar fazer um mundo melhor”, revela.
Além da atuação mais próxima do ensino fundamental, o programa oferece o curso, gratuito e à distância, Disseminadores da Educação Fiscal. Inicialmente ele foi planejado para os professores da rede pública, mas hoje é aberto a todos os interessados. São oferecidos dois cursos por ano, um a cada semestre, com 400 vagas. O DF já conta com 2 mil alunos formados, isto é, 2 mil disseminadores fiscais. “O ganho é a mudança de comportamento do cidadão”, resume o coordenador regional do curso, Valcir Alves da Silva. Segundo Valcir, o curso é o “carro-chefe” do programa e permite que as pessoas fiquem mais atentas e despertem para cobrar mais das autoridades a aplicação dos recursos públicos.

Para mais informações sobre o Programa Educação Fiscal: consulte a página da Secretaria de Fazenda: http://www.fazenda.df.gov.br/hpfiscal/index.htm


Sucesso Sempre.
Att,
Prof Davi Silva Fagundes          Contato:  55  (061) 8453-0308 
Ambientalista - Educador Ambiental - Gestor de Recursos Hídricos
Projeto Adote um Parlamentar - Centro de Ensino Fundamental 19 - Taguatinga Norte